sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crítica ao filme Black Swan, by Ricardo Santos Marques

As vicissitudes de uma bailarina na sua busca pessoal pela perfeição.

É este o mote do filme realizado por Darren Aronofsky, realizador que, apesar do seu curto currículo, já nos agraciou com filmes como "The Wrestler" ou "Requiem for a Dream".

"Black Swan" - Cisne Negro em Português - dá-nos a conhecer a história de Nina (Natalie Portman), uma bailarina da Companhia de Ballet de Nova York, que dedica a sua vida exclusivamente à dança.


Quando é escolhida, contrariando as suas próprias expectativas, para ser a protagonista da nova peça da Companhia, O Lago dos Cisnes, Nina, que personifica na perfeição a inocência e graciosidade do cisne branco, terá que procurar no seu interior a forma de conseguir interpretar o cisne negro, a personificação da luxúria, corrupção e sensualidade.



Nesta demanda, Nina vai-se redescobrir, lutando contra a exasperante pressão do seu director Thomas (Vincent Cassel), a estranha amizade que vai desenvolver com a mais recente bailarina da companhia Lily (Mila Kunis), que demonstra ser a sua antítese e quem Nina considera uma rival para o lugar, a auto-exploração da sua sexualidade ou a protecção demasiado zelosa que a sua mãe procura exercer e que aparenta sufocar e consumir a protagonista. Ao longo desta "caminhada" Nina vai, a pouco e pouco, sendo empurrada para o lado mais negro da sua alma, que a própria parece desconhecer.



Estando no leque de filmes mais consagrados do ano, conta com cinco nomeações para as estatuetas douradas, e poderá gerar algumas agradáveis surpresas. Um filme que aborda situações tão reais quanto possível e que explora recantos da "psique" humana de uma forma fantástica, quase genial. Por diversas vezes foi visível e notório o arrepio ou incómodo que algumas das cenas mais intensas da película causaram na audiência.
O argumento, tão bem conseguido, prende-nos ao grande ecrã do inicio ao final do filme e dá, posteriormente, azo a "discussões" sobre algumas ocorrências, que são sujeitas a uma interpretação mais pessoal, o que acaba por ser mais um toque de genialidade do argumentista.
O ponto alto do filme é o extraordinário desempenho de Natalie Portman, actriz com formação de dança desde os 4 anos, ponto forte para o realismo e veracidade que o género de filme pretende, e que a posiciona como uma das sérias candidatas ao Óscar de Melhor Actriz Principal e que lhe poderá garantir a entrada num leque reduzido de grandes nomes femininos do cinema internacional.

Um grande filme, com uma carga emocional tremenda, um enredo fantástico e que, se ainda não tiveram oportunidade, não devem perder.

Espero que a minha crítica pessoal tenha sido do vosso agrado e vos incentive a verem este grande filme.

Abraços,

Ricardo Santos Marques
"A ver filmes desde '79"


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    1 comentário:

    Mina-Cinema disse...

    Adorei este filme poderoso!
    Isto sim, é a Sétima Arte com Qualidade!
    Um dos melhores filmes que vi ultimamente.
    Aumenta a intensidade emocional cada minuto que passa até acabar com uma força fantástica e louca.
    Apetece aplaudir no fim.